Linhaça

quinta-feira, maio 27, 2010
O crescente mercado dos produtos naturais, aliado ao interesse dos consumidores na prevenção de doenças, tem pressionado a indústria alimentícia na busca por produtos mais saudáveis e direcionado pesquisas nesse sentido. Neste contexto, os alimentos funcionais ganharam destaque pelos efeitos bené¬ficos que promovem à saúde. Dentre os alimentos funcionais, a linhaça (Linum usitatissimum L.) é reconhecidamente uma das maiores fontes dos ácidos graxos essenciais ômega-3 (ácido linolênico) e ômega-6 (ácido linoléico), possuindo ainda vários nutrientes como as fibras e os compostos fenólicos, conhecidos por exercerem atividade antioxidante (GALVÃO et al., 2008).
Os alimentos funcionais são considerados alimentos que, em virtude de componentes fisiologicamente ativos, provêem benefícios para a saúde além da nutrição básica, estando relacionados à redução do risco de manifestação de certas doenças (CARRARA et al., 2009).
O linho (Linum sp Linn) é uma planta herbácea. Sua fibra é utilizada na confecção de tecidos, celulose e papel, e suas sementes (conhecidas por linhaça) servem para extração do óleo (MOURA, 2008).
Existem dois tipos de linhaça: Dourada: difícil encontrá-la por aqui, já que gosta de clima frio. Seu sabor é mais suave do que a escura; e a Escura: mais fácil de encontrá-la aqui no Brasil, tem casca mais resistente do que a dourada, porém com relação ao valor nutricional, não há diferença (LAGO, 2009).
O ômega 3 e 6 encontram-se relacionados com a prevenção de doenças cardiovasculares, através da redução dos níveis de triglicerídeos e colesterol sanguíneo, aumentando a fluidez sanguínea e reduzindo a pressão arterial. O óleo de linhaça contém, em média, 52% de ômega 3 (ácido linolênico), sendo o alimento mais rico nesse ácido graxo, em comparação aos 30% do óleo de salmão.
O ácido linolênico pode auxiliar:

• Na redução dos níveis de colesterol, evitando obstruções das artérias.

• Na ação como antiinflamatório e promoção da renovação celular.

• Na construção da hemoglobina, que transporta o oxigênio pelo sangue.

A presença de fibra alimentar na composição química dessa oleaginosa é um fator positivo para o tratamento da constipação intestinal (MOURA, 2008).
Dica: Triturar a linhaça é o melhor jeito de consumí-la, isso porque a casca é resistente, podendo passar intacta pelo trato digestivo, reduzindo assim os efeitos positivos. Você pode comprá-la já triturada, porém se for fazer em casa, utilize a tecla pulsar do liquidificador. Ela não deve ficar pó. Alguns especialistas dizem que a linhaça sofre oxidação rapidamente, por isso, a recomendação é triturar apenas a quantidade a ser utilizada e consumí-la logo após a trituração.



REFERÊNCIAS

GALVÃO, E. L et al. Avaliação do potencial antioxidante e extração subcrítica do óleo de linhaça. Ciênc. Tecnol. Aliment. Campinas, 28(3): 551-557, jul.-set. 2008.
CARRARA, C. L. ESTEVES, A. P. GOMES, R. T. GUERRA, L. L. Uso da semente de linhaça como nutracêutico para prevenção e tratamento da aterosclerose. Revista Eletrônica de Farmácia Vol 6(4), 1-9, 2009.
MOURA, N. C. Características físico-químicas, nutricionais e sensoriais de pão de forma com adição de grãos de linhaça (Linum usitatissimum). Piracicaba, 2008.

2 comentários:

Nut. Juliana Tolêdo disse...

Outra dica boa para melhorar a biodisponiblidade do ômega-3 é o remolho. No Portal temos matérias e receitas com linhaça. Dê uma passadinha: www.nutricaoemfoco.com.br. Bjo!

Natália Pessini disse...

Obrigada, Juliana! entrei no site e adorei! esse é o link específico: http://www.nutricaoemfoco.com.br/pt-br/site.php?secao=alimentos-L&pub=4126

Plano de fundo por Natália Pessini Pinto. Tecnologia do Blogger.